Acordo de Paris sobre o Clima: um sinal de esperança
A histórica Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP21) concluiu-se em Paris. Pela primeira vez, após uma geração de negociações, uma comunidade global de cerca de 200 nações foi capaz de falar a uma só voz sobre a mudança climática. As conversações correram contra o tempo e produziram o acordo de Paris - um acordo global e ambicioso e juridicamente vinculativo.
A Conferência das Igrejas Europeias (CEC) saúda o acordo como um sinal de esperança para o combate às alterações climáticas e promoção da justiça ecológica. Ele contempla medidas abrangentes para conter o aumento da temperatura global "bem abaixo" dos 2° C, e prossegue os esforços para limitar este aumento a 1,5° C. O acordo também reconhece as necessidades específicas das comunidades vulneráveis, e compromete os países mais ricos a transferências financeiras para as regiões mais afetadas pelas alterações climáticas.
O acordo é histórico no seu reconhecimento da necessidade de uma mudança radical da economia global. Tal inclui esforços crescentes para reduzir as emissões de carbono, bem como o papel das nações industrializadas em liderar essas iniciativas. "A CEC defende há já bastante tempo uma forte ligação entre a justiça económica e a ambiental", afirmou o seu Secretário-Geral, pastor Guy Liagre : "congratulamo-nos com este acordo como um sinal de esperança e reconhecimento significativo da necessidade de uma ação global e comum."
Peter Pavlovic, secretário da Rede Europeia e Cristã do Ambiente (ECEN), ressaltou que, embora o acordo seja importante, deve ser visto como um convite para novas ações: "Temos pela frente um significativo trabalho de implementação. Devemos crer que as boas intenções do texto serão honrados."
As contribuições religiosas no processo de Paris foram notáveis. Igrejas e organizações ecuménicas da Europa e de todo o mundo tiveram uma forte presença na COP21, incluindo a liderança de uma peregrinação pela justiça climática. Os seus esforços em lançar luz sobre as dimensões éticas, o cuidado com os mais vulneráveis, e o aceitar da responsabilidade humana pelas mudanças climáticas foram reconhecidas durante as negociações. No centro das campanhas e ações das Igrejas está um apelo por uma justiça climática, uma preocupação chave que foi em grande parte editada no texto final.
"Uma resposta efetiva às alterações climáticas irá de um modo crescente questionar muitos hábitos nas sociedades industrializadas, e confrontar-nos com o desafio de uma maior equidade e limitações ao nosso estilo de vida", continuou Pavlovic, "no entanto, o reconhecimento desta responsabilidade, e a necessidade de justiça climática vai continuar a orientar o trabalho das Igrejas na salvaguarda da Criação ".
Press Release da CEC nº 15/52 – Brussels – 14 de Dezembro
Traduzido e adaptado para o Português a 14 de Dezembro pela Departamento de Comunicação da Igreja Lusitana
[A Conferência das Igrejas Europeias (CEC) é uma família de cerca de 114 Igrejas Ortodoxas, Protestantes, Anglicanas e Velho-Católicas de todos os países da Europa, mais 40 conselhos nacionais de Igrejas e organizações em colaboração. A CEC foi fundada em 1959. Tem os seus escritórios em Bruxelas e Estrasburgo.]
Ética e Economia - Uma contribuição das Igrejas em Portugal
Press Release
ÉTICA E ECONOMIA
UMA CONTRIBUIÇÃO DAS IGREJAS EM PORTUGAL
Não compete às Igrejas liderar o processo para enfrentar as múltiplas consequências do desequilíbrio económico e financeiro que nos últimos anos tem afetado profundamente a nossa sociedade. Mas não podem esconder princípios e valores Evangélicos que estão na base dos direitos Humanos que urge a todo o custo defender e promover.
Nesse sentido o Conselho Português das Igrejas Cristãs (COPIC) em DIÁLOGO com a Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização, promovem, no Porto, um encontro com este lema: ÉTICA E ECONOMIA, UMA CONTRIBUIÇÃO DAS IGREJAS EM PORTUGAL. Terá lugar no sábado 10 de Outubro das 10.30 às 16 horas na Casa da Torre da Marca, Rua D. Manuel II, 286 (em frente ao Palácio de Cristal).
Estão previstas duas comunicações: As bases bíblicas do tema apresentadas por D. António Couto, e a Economia de Comunhão na perspetiva de Iolanda Tovar, do Movimento dos Focolares.
Depois do almoço, para o qual se pedem para levar alguns alimentos para partilhar, projeta-se um Painel com representantes de Acções concretas, um da Igreja Católica Romana, um do COPIC, um da Economia de Comunhão.
Esta é uma iniciativa ecuménica sobre um tema transversal às Igrejas Cristãs. Certamente preconizada pela Carta Ecuménica publicada em 2001, mostra-se de flagrante atualidade se tivermos em conta os acontecimentos de que os emigrantes e refugiados dos últimos meses são protagonistas.
Também ao serviço de uma ordem social mais justa e solidária, as Igrejas Cristãs em Portugal querem encontrar-se na reflexão para colaborarem na acção com todas as forças e instituições ao serviço do bem comum.
Agradecem-se inscrições para:
A COMISSÃO ECUMÉNICA DO PORTO
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